Liberdade Igualdade Fraternidade

Liberdade Igualdade Fraternidade

 



    sexta-feira, fevereiro 23, 2007  


José Afonso, ou Zeca Afonso como ficou conhecido, nasceu em Aveiro mas cresceu entre Angola, Moçambique, Belmonte e Coimbra. Foi na cidade dos estudantes, onde frequentou o Liceu D. João III e a Faculdade de Letras, que Zeca Afonso procurou e se deixou descobrir pelo fado de Coimbra.Teresa Portugal, deputada e mulher de António Portugal, que acompanhou José Afonso à Guitarra, garante que “o Zeca era um cantor multifacetado”.Ao viver de perto as emoções de Zeca Afonso, Teresa Portugal recorda que Zeca Afonso, nos tempos de estudante, “buscava uma música que ainda não tinha”.


Um homem complexo mas simples, Zeca Afonso “visitava as velhas da zona alta de Coimbra e conversava muito com a gente. Era um estudante que tinha mais amigos na população do que na comunidade de estudantes”, recorda Teresa Portugal. O estudante, que se tinha entregue ao fado de Coimbra, procurava que lhe ensinasse mais sobre a música portuguesa. Por isso, salienta Teresa Portugal, “o Zeca conhecia as figuras mais carismáticas das cidades e entre elas procurava as que falavam das raízes musicais”.


Teresa Portugal redigiu um texto em memória de Zeca Afonso que foi votado por unanimidade. Por isso mesmo, a deputada afirma que "este é um texto que pertence a todos os partidos".A chamada canção de intervenção surgiu mais tarde e acabou por este género musical que marcou um período importante da História de Portugal.Em 1953, gravou os primeiros discos: «Fado das Águias» e «Outras Canções».


Em 1960, editou «Balada de Outono». Era então professor do ensino secundário, tendo leccionado em colégios particulares, por todo o país. Vítima de perseguição do regime ditatorial, Zeca Afonso chegou a ser preso e teve mesmo de deixar de exercer a sua profissão de professor que exerceu em Portugal e em África.A data é hoje celebrada um pouco por todo o país, através de diversas iniciativas, e também além fronteiras.

Em Vigo, Espanha, existe mesmo um movimento que pretende atribuir o nome de Zeca Afonso a uma rua da cidade. Os líderes deste movimento argumentam que foi aqui que Zeca Afonso cantou pela primeira vez em público o tema “Grândola Vila Morena”. A canção faz parte do álbum Cantigas de Maio e foi a senha da revolução dos Cravos que trouxe a liberdade e democracia a Portugal.


in info.sapo.pt

   [ Colocado por Aprendiz Maçon @ 10:49 da manhã ] [ Comentários: ]



    quinta-feira, fevereiro 22, 2007  

Como é que é tolerável que o regime democrático deixe a RTP fazer a apologia do responsável disto tudo e de muito mais, dando a Jaime Nogueira Pinto mais de meia hora para fazer o elogio de Salazar?
HAJA MEMÓRIA


1931
O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;
1932
Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;
1934, 18 de Janeiro
Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal
1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
1937
Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na
prisão;
1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
1962
António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;
1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura na PIDE;
1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.
A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as
inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.
Mais ainda
Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.
Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquist as. Deze nas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc...
Nota de Autor:
Estes sim foram os Grandes Portugueses que deram a sua vida por algo em que acreditavam, que lutaram contra o regime fascista, estes sim deviam ser os grandes eleitos.

   [ Colocado por Aprendiz Maçon @ 9:59 da manhã ] [ Comentários: ]



    quarta-feira, fevereiro 21, 2007  

E como a Maç:. é universal , aqui ficam algumas noticias do outro lado do Atlântico que me chegam por email.


Caros IIr:.

Nesta quarta-feira (14/07/200) tendo a presença de quase 170 irmãos filiou-se na Loja Luz Amor e Vida 2079 - Rito Brasileiro, o irmão Barbosa Nunes - candidato ao Grão Mestrado do Grande Oriente do Estado de Goiás, em sessão magna conduzida pelo Venerável Mestre Tochió Iwace, no templo nobre do Palácio Maçônico "Nasseri Gabriel", aonde também foi feita a entregue do título de Membro Honorário para o irmão Nelson Cintra.

Dentre as várias autoridades destacamos o irmão Nei Inocêncio dos Santos - Grande Primaz do Rito Brasileiro, que veio do Rio de Janeiro especialmente para assistir a filiação do irmão Barbosa Nunes ao Rito Brasileiro, que é membro da Loja Acácia Brasiliense 1183, juntamente como o Irmão Nelson Cinta,.Loja esta que em 1944 foi autorizada a funcionar no Rito Brasileiro, e posteriormente adotou o Rito Escocês.

Na oportunidade estavam presentes também os ex-Grão Mestres: Rui Rocha Macedo da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás e José Ricardo Roquette (Loja Guimarães Natal 1946 - Rito Brasileiro) do Grande Oriente do Estado de Goiás. Sendo que na gestão do irmão Roquette, o irmão Barbosa Nunes foi o Coordenador Estadual do Programa Maçonaria Contra as Drogas, que posteriormente foi encampado pelo Grande Oriente do Brasil, tendo como Coordenadores Nacionais primeiramente o Irmão José Ricardo Roquette e por último o Irmão Barbosa Nunes.

Para nós irmãos do Rito Brasileiro no Estado de Goiás ficamos muito contentes com a filiação do Irmão Barbosa Nunes, e a concessão de Título de Membro Honorário ao Irmão Nelson Cintra, irmãos estes que muito tem contribuído para o engrandecimento da maçonaria goiana.

As fotos deste evento podem ser vistas no seguinte endereço: http://public.fotki.com/abeltolentino/filiacao/

Fraternalmente

Abel Tolentino de O. JuniorLoja Maç. Luz no Horizontehttp://www.masonic.com.br/Goiânia - Go - Brasil

   [ Colocado por Aprendiz Maçon @ 8:54 da manhã ] [ Comentários: ]



    sexta-feira, fevereiro 09, 2007  

Dois Abortos / Duas Realidades
O porquê de votar sim...
A história de Carminho e de Sandra

Carminho & Sandra
Carminho senta - se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora .Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe conduz o carro e aperta - lhe ternamente a mão. Há muito trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de Espanha.

(Mais a baixo na cidade) Sandra senta - se no banco côr - de - laranja do autocarro 22 que sai de Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela. Encosta o guarda - chuva aos pés gelados e aperta - lhe ternamente a mão. Há muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de casa de uma Senhora.

O BMW e o autocarro 22 cruzam - se a subir a Avenida Infante Santo.Carminho despe - se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Veste uma bata verde. Deita - se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe entoa palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente - se a adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala. Chora enquanto dorme. Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa , brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa de lhe recuperar a infância.

A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora. A Senhora abre - o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente – se doente e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme. Carminho acorda do seu sono induzido.

Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo. Sai da clínica de rosto destapado. Sabe –lhe bem o ar fresco da manhã. É tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surge na estrada a dizer PORTUGAL , Carminho chora convulsivamente.

Sandra não acorda. E não acorda . E não acorda. A mãe geme baixinho desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A Senhora não deixa, ponha – se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá em baixo, livre – se de dizer a alguém que eu existo. A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho cansado, chama o 112 e a polícia.Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não poderás ter mais filhos, Sandra, disse –lhe uma médica, emocionada. Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco da manhã.

No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a um tribunal do seu país: Portugal .

   [ Colocado por Aprendiz Maçon @ 11:31 da manhã ] [ Comentários: ]



    quarta-feira, fevereiro 07, 2007  

Os Padres e o Aborto

17/3/1487 – O Rei D. João II, perdoou e pôs em liberdade, Fernando da Costa, Prior de Trancoso, por ter tido relações sexuais com 54 concubinas, das quais teve 275 filhos (200 filhas e 75 filhos): de 29 afilhadas teve 97 filhas e 37 filhos; de 9 comadres teve 38 filhas e 18 filhos, de 7 amas teve 29 filhas e 5 filhos, de 2 escravas teve 21 filhas e 7 filhos; de uma tia teve 3 filhos; de 5 irmãs teve 15 filhas e 3 filhos; e da própria mãe teve 2 filhos. A sentença está arquivada na «Torre do Tombo» (ano de 1487, maço n.º 7, armário n.º 5).

   [ Colocado por Aprendiz Maçon @ 8:17 da manhã ] [ Comentários: ]


Liberdade Igualdade Fraternidade


Correio

Sites Maçónicos

Austria
Grande Oriente da Austria

Belgium
Grande Loja Regular da Belgica
Grande Oriente da Belgica
Grande Loja da Belgica
Grande Loja Feminina da Belgica
Direito Humano da Belgica

Bulgaria
Grande Loja da Bulgaria

Croatia
Grande Loja da Croacia

Czech Republic
Grande Loja da Republica Checa
Grande Oriente Checo

Denmark
Direito Humano da Dinamarca

England
Grande Loja Unida de Inglaterra
Direito Humano de Inglaterra

Finland
Direito Humano da Finlândia

France
Grande Oriente de França
Grande Loja de França
Grande Loja Nacional de França
Grande Loja Feminina de França
Direito Humano da França
Grande Loja Tradicional e Simbólica da Ópera
Grande Loja Mista de França
Grande Loja Mista Universal
Grande Loja Feminina Memphis-Miraïm

Germany
Grande Loja Unida da Alemanha
Grande Loja da Alemanha
Grande Loja dos Maçons Alemães"
Grande Loja "Os 3 Globos
Grande Loja Américo-Canadiana
Grande Loja dos Maçons Britânicos na Alemanha
UFHD
Direito Humano da ALemanha

Greece
Grande Loja da Grécia
Grande Loja Nacional da Grécia
Direito Humano da Grécia

Hungary
Grande Loja Simbólica da Hungria
Grande Oriente da Hungria

Iceland
Grande Loja da Islândia
Direito Humano da Islândia

Ireland
Grande Loja da Irelanda
Direito Humano da Irelanda

Italy
Grande oriente Italiano
Grande Loja Regular de Itália
GRande Loja de Itália
Direito Humano de Itália

The Netherlands
Grande Oriente da Holanda

Norway
Ordem Maçónica da Noruega
Direito Humano da Noruega

Poland
Direito Humano da Polónia

Portugal
Grande Oriente Lusitano
Loja Passos Manuel
Direito Humano de Portugal
Loja Coerência
Loja Honra e Dignidade
Loja Madrugada
Loja Liberdade e Justiça
Grémio Fénix
Grande Loja Regular de Portugal
Grande Loja Tradicional de Portugal
Loja Lusitania

Russia
Grande Loja da Russia

Scotland
Grande Loja da Escócia
Direito Humano da Escócia
Mother Lodge of Scotland- Loja Zero

Slovenia
Grande Loja da Eslovénia

Spain
Grande Loja de Espanha
Grande Loja Simbólica de Espanha
Direito Humano da Espanha

Sweden
Direito Humano da Suécia

Switzerland
Grande Loja Alpina da Suiça
Grande Oriente da Suiça
Grande Loja Feminina da Suiça
Grande Loja Mista da Suiça
LUF Grupo Nacional Suiço
Direito Humano da Suiça
Loja Cosmos
Loja Erasmo

Turkey
Grande Loja da Turquia
Grande Loja dos Maçons Turcos
Grande Loja da Turquia Livre e Aceite

Museum
Museu de Arte e História da Maçonaria

Jornais
Público
Diário de Noticias
Jornal de Noticias
Açoriano Oriental
Diário Digital
Expresso
Visão
Le Monde(fr)
Liberation(fr)
Le Point(fr)
Estado de Minas(br)
Veja(br)
Haaretz
BBC
CNN
La Nación(ar)
La Razón(ar)
Irish Independent
Times Literary Supplement
Nouvel Observateur(fr)
El Pais(es)
Le Monde
Le Figaro
L'Express
Liberation
Nouvel Observateur
El Pais
Corriere della Sera
Revista Marianne
Figaro(fr)
Corriere della Sera(it)
El Mundo(es)
La Razón(es)
Le Monde Diplomatique(fr)
O Estado de S.Paulo(br)
O Globo(br)
Jornal de Angola
Correio da Bahia(br)
The Guardian(uk)
The New Yorker (eua)
The NY Times(eua)
The Washington Post(eua)
Los Angeles Times(eua)
Chicago Tribune(eua)
Philadelphia Inquirer(eua)
La Repubblica(it)
Encuentro.Cuba
Gazeta do Povo(br)
Granma(cuba)

Blinks
A Partir Pedra
O Profano
Ritualmente
Escrita em Dia
PtBloggers
Abrupto
Blog de Esquerda
Sopa de Nabos
Blogo Social Português
Blogda-se
Gato Fedorento
Hipatia
Outro eu
Almocreve das Petas
Dicionario do Diabo
Bomba Inteligente
A ervilha cor de rosa
A Praia
As desalinhadas
Aviz
Bazonga da Kilumba
Blogue dos Marretas
Blogui­tica Nacional
Bomba Inteligente
Cibertúlia
Cristovão de Moura
Cruzes Canhoto
Desejo Casar
Flor de Obsessão
Trambolho Fraterno

Criado por

[=Arquivos=]
01/01/2004 - 02/01/2004 02/01/2004 - 03/01/2004 03/01/2004 - 04/01/2004 04/01/2004 - 05/01/2004 05/01/2004 - 06/01/2004 06/01/2004 - 07/01/2004 07/01/2004 - 08/01/2004 08/01/2004 - 09/01/2004 09/01/2004 - 10/01/2004 10/01/2004 - 11/01/2004 11/01/2004 - 12/01/2004 12/01/2004 - 01/01/2005 02/01/2005 - 03/01/2005 03/01/2005 - 04/01/2005 04/01/2005 - 05/01/2005 05/01/2005 - 06/01/2005 06/01/2005 - 07/01/2005 06/01/2006 - 07/01/2006 07/01/2006 - 08/01/2006 09/01/2006 - 10/01/2006 10/01/2006 - 11/01/2006 11/01/2006 - 12/01/2006 12/01/2006 - 01/01/2007 01/01/2007 - 02/01/2007 02/01/2007 - 03/01/2007 03/01/2007 - 04/01/2007 07/01/2007 - 08/01/2007 05/01/2009 - 06/01/2009 06/01/2009 - 07/01/2009 04/01/2011 - 05/01/2011